O investimento mais seguro do país
Escrito por: Meu Patrimônio - Publicado em: 16/05/2017

Qual é o investimento mais seguro do país? Muitos brasileiros tem essa mesma dúvida e também a mesma resposta na ponta da língua: poupança. Mas saiba que estão enganados!
Historicamente, a poupança sempre foi enxergada como o investimento mais seguro do país, em virtude de sua popularidade, simplicidade e previsibilidade de retorno. Apesar disso, sua trajetória possui momentos de crises.
Talvez o pior deles seja o seu bloqueio em março de 1990, quando o então presidente, Fernando Collor de Mello, utilizou uma estratégia heterodoxa para tentar controlar a inflação crescente no país, “retirando de circulação” os recursos alocados em poupança. A repercussão foi enorme e a estratégia não funcionou, prejudicando a economia e gerando insegurança nos poupadores. Este episódio certamente foi um dos motivadores para a população se engajar no processo de impeachment do presidente anos depois e fez com que a poupança ganhasse mais força, sendo considerado um dinheiro sagrado para os brasileiros, ou seja, qualquer presidente que mexesse com ela novamente estaria cometendo um suicídio político.
O episódio de bloqueio foi arbitrário e não corre o risco de ocorrer novamente, pois já possuímos em nossa constituição uma emenda que veda a edição de medidas provisórias que viabilizem o confisco da poupança, desde 2001. Texto na emenda constitucional número 32:
- 1º É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria:
II – que vise à detenção ou sequestro de bens, de poupança popular ou qualquer outro ativo financeiro; (Fonte)
Retirando de cena o risco de bloqueio por parte do governo, que é praticamente nulo, devemos analisar a poupança olhando todos os riscos inerentes a qualquer investimento. Nesse caso, o risco de crédito talvez seja um dos mais importantes, pois quando alocamos recursos em poupança, o risco está na instituição que a administra. Por este motivo, a poupança se enquadra entre as aplicações que contam com a proteção do Fundo Garantidor de Crédito (FGC) de até R$ 250 mil por CPF e emissor (Fonte).
Assim, caso um investidor possua mais de R$ 250 mil aplicados em poupança e a instituição responsável por administrá-la “quebrar”, ele receberá apenas o montante de até R$ 250 mil. Por esta razão, a poupança possui o chamado risco de crédito, no qual o seu administrador (banco) pode não conseguir arcar com os depósitos dos poupadores.
Diante deste fato, fica a pergunta: qual seria então a aplicação mais segura do país? A resposta: títulos públicos.
Os títulos públicos são dívidas emitidas pelo Governo Federal que contam com garantias especiais. Estes títulos se enquadram no chamado “risco soberano”, ou seja, o risco de um país, que sempre é considerado mais seguro do que o risco de crédito de um ente privado. Tal fato se dá, principalmente, por dois motivos:
→ O governo tem controle sobre sua receita, uma vez que pode aumentar os impostos e a população é obrigada a pagar;
→ O governo pode emitir moeda para pagar a dívida, o que garantiria os pagamentos, mas desorganizaria a economia e geraria inflação, não sendo uma iniciativa recomendável.
Esses pontos garantem uma maior segurança no pagamento dos títulos, uma vez que é muito menos arriscado um país “quebrar” do que uma empresa. Além disso, os títulos públicos também rendem muito mais que a poupança, sendo considerado seguro e rentável.
Agora que você já sabe que investir em títulos públicos é muito mais seguro que a poupança, procure uma corretora e se habilite no Tesouro Direto. Invista com tranquilidade e seja feliz!