Adeus à poupança
Escrito por: Meu Patrimônio - Publicado em: 14/03/2016

O brasileiro acordou!
Nunca antes na história do país se viu um movimento tão intenso de saída daquele que é o mais tradicional investimento do país: a caderneta de poupança. Ultrapassamos nos primeiros dois meses do ano uma captação líquida negativa de mais de R$ 18 bilhões, um crescimento de 58% comparado ao mesmo período do ano anterior.
Dois motivos podem ter sido os incentivadores: a necessidade de recursos das famílias para compromissos financeiros, agravada pela alta do desemprego e recessão do país, e a baixa rentabilidade da aplicação. O atual patamar da inflação, 10,7 % ao ano, acaba engolindo a rentabilidade, 7,4% ao ano, e o pior, reduz o poder de compra do recurso aplicado.
Não à toa, já faz algum tempo que o brasileiro tem percebido que deixar o dinheiro na poupança é a mesma coisa que perder dinheiro.
Desde janeiro de 2015, mês a mês, a captação líquida tem sido negativa, com um breve suspiro em dezembro, fechando o ano com um saldo negativo de R$ 53 bi.
Como, do ponto de vista da rentabilidade, a poupança não é o melhor investimento, naturalmente, fica a pergunta: qual seria a aplicação mais indicada, que proporcionaria uma melhor rentabilidade a um baixo risco? A resposta: títulos públicos.
Assim como ocorre com a poupança, haverá um dia em que todo brasileiro terá uma conta no tesouro direto (sistema de negociação de títulos públicos) e o primeiro pé de meia será composto por títulos públicos e não mais pela tradicional caderneta de poupança. O mais interessante é que esse movimento já teve início. O total de investidores cadastrados no Tesouro Direto até janeiro de 2016 chegou a 651.469, o que representa um incremento de 40,60% em relação ao mesmo período do ano anterior. Mais de meio milhão de brasileiros já descobriram um jeito simples e seguro de investir suas reservas, e tudo indica que esse número continuará crescendo, o que é bom para tanto para o país e quanto para seus poupadores.
Bons investimentos!